quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

Salvar o Conservatório

Olá a todos!
O meu nome é Filipe De Moura e sou aluno de canto do Conservatório Nacional de Lisboa (Música).
Eu criei este blog, para que possamos debater formas de não deixar morrer uma das escolas mais importantes do país que formou muitos dos grandes músicos e intérpretes portugueses.
Correm notícias de que em breve algo de muito grave pode acontecer - o Conservatório deixará de ter muitos dos cursos e muitos dos alunos.
Mais do que se poder tratar do fim de uma escola e dos sonhos daqueles que nela estudam e leccionam, trata-se da castração de vários cursos de uma das mais importantes escolas artísticas do país, e do seu potencial como instituição de criação de talentos. Podemos concordar que algumas coisas podiam estar melhores, é certo, mas temos a oportunidade de discutir todos esses pontos aqui, neste blog.
Como aluno, estou bastante preocupado, pois os meus colegas e futuros colegas deixam de ter uma oportunidade de aprender e progredir no meio artístico.
A acontecer, muitos alunos terão de procurar escolas particulares e pagar fortunas; tentar estudar no estrangeiro e... fortunas pagar.
Estaremos destinados em ver os nossos jovens músicos com poucas oportunidades, verificando que cada vez mais se recorre a músicos estrangeiros para virem para Portugal. Com todo o respeito pelos estangeiros, mas será demais pedir uma oportunidade para nós portugueses? Não é isso que se faz na maioria dos países? Darem oportunidades aos seus?
Eu não me conformo, penso que temos o direito e o dever de lutar pelos nossos direitos e pelo nosso presente e futuro!

A cultura é fundamental para a alma de um povo. O Fado é português, o Flamengo não, o samba também não. Se deixar de haver cultura portuguesa, então, o que nos faz diferente de um outro povo? Não sou o maior nacionalista, mas sou português!

A grande questão é: o que podemos fazer pelo futuro do Conservatório?

- Por mim, devíamos perceber o que realmente se passa?
- Quais as razões das várias partes? (Ministério Vs Conselho Directivo)
- Pedir apoio a antigos alunos de renome (Intérpretes do S. Carlos, maestros, directores)
- Pedir a influência pública de várias intituíções da vida pública nacional: Mecenas (Millennium BCP, Associações, partidos políticos(mais do que não seja para fazerem barulho e tornar a questão mais mediática)

- Agir com coerência, com respeito e sem cinismos. (Nunca ninguém ganhou nada a fazer guerra!)

Estas são apenas algums ideias, espero que possamos partilhar mais e chegar a uma estratégia de acção.

Se nada fizermos o país fica mais pobre.

Eu acho que vale a pena tentar. Podemos fazer a diferença!

3 comentários:

Anónimo disse...

Olá Colega

De facto, acho muito estranho a comunicação social não estar a par dos acontecimentos. A última notícia sobre a matéria data de há quase um ano. Ou desconhecem, ou estão ocupados com outras coisas que lhes são mais importantes.. o que é grave. Também não me surpreenderia se mais de metade dos telespectadores desconhecessem o conservatório. É uma pena já que o Conservatório é uma escola com mais de 100 anos de existência e que já provou o seu mérito com excelentes intérpretes e não só.

Tenho a noção de que o País não está bem economicamente, mas não se pode destruír o trabalho iniciado por João Domingos Bomtempo (1775-1842).

A estratégia passa pelo mediatismo. Onde está a Maria João Pires? É a individualidade mais mediática dos artistas portugueses. E a ela se juntam tantos outros.

Penso que o recurso ao mecenato (especialmente para bancos que querem limpar a respectiva imagem ... nós agradecemos) deveria ser encarada mais seriamente. Não vejo outra opção. Agora com ministro novo da pasta da cultura, e com ligações priveligiadas a instâncias económicas poderia ser uma grande ajuda.

E claro os partidos, mas só para fazerem barulho.. São bons nisso.

As escolas públicas de música são as que têm maior qualidade, no aspecto de conseguirem manter uma certa exigência nos cursos. Seria desmotivante para mim, voltar para uma escola de ensino particular e cooperativo.

Somos uma minoria. Mas somos uma minoria de qualidade e vale a pena o investimento.

Jorge Filipe - Caldas da Rainha
Aluno de Piano no Instituto Gregoriano de Lisboa

Rita Anjos disse...

A casa não se começa a construir pelo telhado.
São os músicos que têm o poder de tornar o caso mediático ou não. Como músicos devemos entender todos aqueles que mesmo sendo alunos já se propõem a ganhar nem que seja €1 por actuação, professores... etc.
Porque não juntar a malta toda e mais alguma, com os respectivos instrumentos e fazer barulho pelos corredores e escadarias? porque não saír depois pelo bairro alto fora num enorme concerto? "somos alunos do conservatório e estamos a ser postos na rua".
Apenas será necessário convocar todas as pessoas que conhecemos e alguns media.
Rita Anjos Surgy
ex aluna

Anónimo disse...

tiritiritiritiritiritiritiritiritirit

nao deixem fexar o conservatorio
nao deixem fexar o conservatorio
nao deixem fexar o conservatorio
É REACÇÃO!

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